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Condomínios devem se preparar para receber os carros elétricos

02/08/2023 Sindicon Comunidade

Reprodução

Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) mostra que nos primeiros quatro meses de 2023, houve crescimento de 51% no número de carros elétricos vendidos no Brasil. O índice é bem expressivo e representa, em números absolutos, 19.579 veículos eletrificados comercializados. O mês com maior vendagem foi abril, que teve um salto de 53% no número de carros comprados em relação a março.

Como o Brasil é um país cada vez mais verticalizado, boa parte desses consumidores mora ou trabalha em condomínios. Mas será que os edifícios estão prontos para receber esses veículos que demandam tanta energia elétrica para funcionar?

A resposta é depende. Edifícios novos e mais modernos já estão sendo construídos com previsão para abrigar e recarregar os carros eletrificados. Entretanto, esses empreendimentos ainda não são tão comuns e, normalmente, são de mais alto padrão.

Mas, é possível que mesmo em condomínios já existentes o proprietário de um carro elétrico possa fazer o carregamento na garagem. Para isso, é necessário um projeto elétrico que determine se a rede elétrica do edifício suporta a carga e quem vai pagar pela despesa extra.

Segundo o presidente do Sindicato dos Condomínios Comerciais, Residenciais e Mistos de Minas Gerais (Sindicon MG), advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz, antes de tudo é preciso que o prédio contrate um engenheiro especializado para fazer uma análise da rede e o projeto elétrico. A partir daí, pode-se escolher entre duas opções.

Se apenas um condômino tiver o carro elétrico, o projeto pode ser direcionado para que o proprietário carregue o veículo direto da rede elétrica dele. Nesse caso, as despesas correm por conta do condômino e, se houver necessidade de obras de intervenção na área comum, é preciso aprovação da assembleia.

Entretanto, se mais pessoas estiverem interessadas, o condomínio pode optar por colocar um relógio à parte e quem utilizar participa do rateio. “É sempre bom frisar que tudo depende do projeto feito pelo engenheiro eletricista e que esse projeto deve ser aprovado pela concessionária de energia elétrica”, avisa Carlos Eduardo.

Além disso, segundo o presidente, é preciso responsabilidade e compreensão, caso o especialista diga que a rede do edifício pode não suportar a carga extra. “Tem rede elétrica que nem aguenta o consumo de ar condicionado. Nesse caso, o condômino não poderá carregar o carro na rede do prédio”, alerta ele. Assim, se o condômino optar pelo carro elétrico, deve procurar outro lugar para carregar o veículo, como pontos em locais públicos ou shoppings e não insistir em ligar o carro na tomada do prédio.

Para Carlos Eduardo, o aumento das vendas desse tipo de automóvel mostra uma mudança no comportamento do consumidor e os condomínios devem ficar atentos a isso. “Os prédios já podem se preparar para que cada vez mais pessoas optem pelo carro elétrico. Isso valoriza o imóvel”, diz ele.

Segundo a ABVE, os carros híbridos foram os mais vendidos no ano até abril, com 2.925 unidades, um aumento de 44% em relação ao mesmo período de 2022.

 

 

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