Síndico profissional ou condômino? Como escolher

02/09/2022 | Comunidade, Gestão

Falta de tempo, de conhecimento e de vontade para se dedicar a mais trabalho do que o que já têm normalmente levam muitos moradores de condomínio a não aceitarem ser síndicos. Nesses casos, a escolha de um gestor pode até gerar conflitos nas assembleias, já que ninguém se oferece ou aceita a indicação para o cargo, que acaba nas mãos das mesmas pessoas. Quando isso acontece, a solução pode ser a contratação de um síndico profissional.

Mas, o que faz o síndico profissional? Esse gestor tem as mesmas responsabilidades que o síndico morador, chamado também de síndico orgânico. A principal diferença é que, não sendo condômino, ele consegue ter um distanciamento maior para enxergar as situações mais desafiadoras e resolvê-las; e isso pode contribuir para a resolução de conflitos, que se tornaram ainda mais frequentes desde o início da pandemia de Covid-19.

Outra vantagem é que por ser este o trabalho dele, o síndico profissional tem como atribuição acompanhar de perto todas as atividades do dia a dia, como serviços de manutenção e obras, dedicando seu tempo a isso, o que nem sempre é possível em se tratando de um condômino.

Só que há um porém – Síndico profissional é uma atividade que está em franca expansão, porém ainda não é regulamentada. Há projetos sobre o assunto tramitando no Congresso Nacional, mas até agora nenhum foi aprovado.

Mesmo assim, o mercado está cheio de pessoas trabalhando na área. Algumas se tornaram referências pela qualidade na prestação de serviços, mas não faltam reclamações de pessoas que não agem com o profissionalismo devido.

Isso porque ser síndico não é fácil. E não apenas pelos motivos que explicamos acima, mas também porque demanda conhecimento de princípios de administração, legislação condominial, que engloba a Lei dos Condomínios, o Código Civil e outras leis que regem a vida em condomínio.

Infelizmente, muita gente se aventura na profissão sem esses conhecimentos e sem experiência e, nesse caso, o resultado pode ser desastroso. Assim, buscar profissionais com referência é fundamental para que o condomínio não contrate uma pessoa desqualificada para o trabalho.

Como começar? – A dica vale tanto para os síndicos condôminos quanto para os profissionais. Para desempenhar bem a função, é necessário estudar e estar atualizado sobre todos os assuntos relacionados a condomínios. Pensando nisso, o Sindicon MG frequentemente oferece cursos, palestras e workshops.

“Quem quer ser síndico profissional tem que buscar muito conhecimento, se dedicar de verdade e levar a sério o trabalho para o qual foi contratado. E tem que lembrar que o síndico responde pelo condomínio, civil e criminalmente em caso de algum problema. Por isso, é preciso muita responsabilidade”, ressalta o presidente do Sindicon MG, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.

Síndico Profissional: Custo x Benefício – E para o condomínio, o que vale mais a pena? Ter um síndico orgânico ou contratar um profissional? Isso vai depender da disposição dos condôminos em aceitar a tarefa e da capacidade de gastar mais para ter comodidade. Isso porque o custo para se ter um administrador profissional varia muito e não é barato; pode custar, pelo menos, um salário mínimo por mês.

Sendo assim, é importante que os condôminos se reúnam para debater os prós e contras de cada opção e decidir o que é melhor para o condomínio.

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