A forte chuva que tem caído em Minas Gerais nos dois últimos meses tem provocado danos em diversos municípios. Desde setembro do ano passado até os 10 primeiros dias de 2025, mais de 40 prefeituras decretaram situação de emergência. Deslizamentos de terra, desabamentos, enchentes, vendavais e inundações provocaram diversos danos. Um deles, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, no dia 3 de dezembro. Um talude deslizou e atingiu um condomínio no Bairro Granbery. Ao todo, seis pessoas foram retiradas de dois apartamentos atingidos.
Essa ocorrência mostra como a população precisa estar atenta à meteorologia e aos sinais que as estruturas dão de que podem ceder à pressão das águas.
Nos condomínios – Para que a situação não chegue a extremos, os condomínios podem tomar medidas simples, mas que fazem toda a diferença. Uma das mais importantes é a limpeza de calhas e bueiros. Esses locais são responsáveis pelo escoamento da água da chuva. Se estiverem obstruídos, a água fica empoçada. “Quando isso acontece, ela tem que achar um caminho para correr e faz isso se infiltrando pelas paredes. Se esse processo acontece sem controle, vão aparecendo rachaduras e toda a estrutura pode ficar comprometida”, alerta o presidente do Sindicon MG, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.
Também é preciso verificar se o edifício apresenta rachaduras nas paredes, pisos e muros e providenciar o conserto imediatamente.
Na vizinhança – Se os condomínios estiverem em locais de risco, o síndico (e condôminos) devem ficar atentos às condições do meio ambiente, tais como se um rio ou córrego está subindo rapidamente, se o terreno ao lado está se movimentando, se muros vizinhos estão rachados. Em caso positivo, é preciso ligar imediatamente para a Defesa Civil do município (199) e/ou para o Corpo de Bombeiros (193) e pedir ajuda. O mais importante é não ficar em locais que podem trazer perigo à vida.