Um morador de um prédio de Belo Horizonte foi processado por racismo e injúria racial por ter ofendido o porteiro do edifício em que mora. O homem foi visto por uma outra moradora chamando o funcionário de “preto, macaco e veado”. O empregado, humilhado, não teve coragem de chamar a polícia, mas a condômina que foi testemunha da agressão ligou para os militares, que fizeram boletim de ocorrência, dando início assim, ao processo contra o condômino.
Infelizmente, casos como esse ainda são comuns na nossa sociedade. O racismo é um problema cultural que precisa ser combatido, a começar pelo lugar onde os cidadãos moram ou trabalham. “Não concordamos, de maneira nenhuma, com ofensas ou discriminação por causa da cor da pele nos condomínios”, afirma o presidente do Sindicon, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiróz.
Segundo Carlos Eduardo, os síndicos devem ficar atentos a esse tipo de ocorrência, orientar e chamar a atenção de algum morador que for flagrado desrespeitando os funcionários. “Racismo é crime. Além de ser um desrespeito contra a pessoa, pode render um processo também contra o condomínio e todos serem obrigados a pagarem pelo erro de um só”, alerta.
O Sindicon defende o respeito a todos os funcionários dos condomínios, independente de gênero, cor da pele ou religião e repudia comportamentos contrários que humilhem qualquer trabalhador ou prestador de serviço.