Síndicos devem ficar atentos à rotina dos idosos nos condomínios

01/10/2025 | Comunidade

crédito: imagem criada por IA

O Dia Nacional do Idoso é comemorado neste dia 1º de outubro, com uma marca importante: o número de pessoas com mais de 60 anos no Brasil cresceu 52% em apenas 12 anos.

Segundo o Censo 2022 do IBGE, em 2010, eram 21 milhões de brasileiros na terceira idade, o que representava 11,3% da população. Já em 2022, esse montante subiu para 32 milhões de pessoas (15,1%). Em contrapartida, o número de crianças diminuiu de 24% para 20% dos habitantes do país entre 2010 e 2022. Com essa diferença no crescimento vegetativo, a expectativa é que, em 2050, a maioria da população brasileira seja composta por idosos, atingindo os patamares dos países desenvolvidos. 

O aumento na expectativa de vida obriga a sociedade a pensar alternativas e cuidados para os mais velhos. E isso também tem que acontecer nos condomínios, que já se tornaram moradia para a maioria da população urbana do Brasil. 

Por isso, o Sindicato dos Condomínios Comerciais, Residenciais e Mistos de Minas Gerais (Sindicon MG) recomenda que os síndicos e funcionários, na medida do possível, monitorem os casais de  idosos ou aqueles que vivem sozinhos nos condomínios. Saber da rotina desses moradores é essencial para que eles tenham socorro nas horas de necessidade.

“São muitos os casos em que um idoso adoece ou até morre sozinho dentro do apartamento e a família custa a dar falta. Muitas vezes, eles nem têm parentes e contam com a boa vontade dos vizinhos e dos funcionários dos condomínios para ajudá-los até com coisas mais simples, como carregar uma compra”, lembra o presidente do Sindicon MG, advogado condominialista, Carlos Eduardo Alves de Queiroz. 

Como ajudar – Uma iniciativa que a administração do condomínio pode tomar é anotar os contatos dos familiares dos idosos e recorrer a eles sempre que perceber um problema mais difícil de resolver.

Fazer uma visitinha de vez em quando também é importante para saber se o idoso está bem e se a casa está arrumada ou extremamente bagunçada (pode ser sinal de alguma dificuldade mental). Além disso, as pessoas vão ficando sozinhas ao longo da vida e fazer companhia a um idoso é um ato de solidariedade.

O síndico e os funcionários precisam, ainda, ficar atentos a sinais de algo pode estar errado, como: 

  • Um jornal por assinatura que está há dias na caixa do correio ou na portaria;
  • Se o idoso tem o hábito de sair para caminhar no mesmo horário e de repente, deixou de fazê-lo;
  • Se tem o costume de conversar com porteiros ou faxineiras e de repente, deixou de fazê-lo;
  • Se deixou de fazer qualquer outra atividade rotineira repentinamente.

Se o síndico perceber algum desses indícios deve tentar entrar em contato com o condômino. Se não conseguir, não pode perder tempo e deve ligar imediatamente para algum familiar do morador ou para a polícia. “Com sorte, não será nada grave. Mas é melhor prevenir do que remediar”, conclui Carlos Eduardo.

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