O Brasil registrou, em 2015, 1,6 milhão de casos de dengue. Esse foi o maior número de casos confirmados em um só ano desde 1990, segundo dados do Ministério da Saúde.
Contribuíram para o aumento expressivo nos registros o surgimento do tipo 4 do vírus e a diminuição no combate ao mosquito transmissor, o aedes aegypti.
Em ano de seca em boa parte das cidades do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, muita gente optou por estocar água em casa. O problema é que isso não foi feito corretamente e os reservatórios de água limpa e destampados viraram o criadouro ideal para o pernilongo, que se aproveitou também do calorão que fez no ano passado para se reproduzir.
Fora a dengue, o aedes trouxe para o Brasil a chikungunya e o zika vírus, até então, praticamente desconhecidos por aqui. As doenças têm sintomas parecidos com a dengue, mas o zika tem um agravante: ele está sendo relacionado à explosão de casos de microcefalia, uma condição neurológica em que a cabeça do bebê se desenvolve menos do que o normal. Entre as consequências estão déficit no desenvolvimento intelectual, atraso no desenvolvimento motor e da fala e deformações físicas.
Por isso, é muito importante que toda a população se engaje no combate ao mosquito transmissor das doenças. Nos condomínios, o Sindicon recomenda a limpeza constante das áreas comuns, além de outras atitudes como:
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- Verificação das marquises para detectar se há água parada e limpeza das mesmas;
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- Desentupimento constante de calhas, para evitar o acúmulo de água da chuva;
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- Secagem de vasos de plantas de corredores;
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- Secagem dos pisos das áreas comuns de da garagem para evitar que a água fique parada em pequenos buracos ou irregularidades do terreno. Mesmo em garagens fechadas ou subterrâneas recomenda-se esse procedimento, já que, em época de chuva, os carros levam muita umidade para as vagas. Daí, a formação de poças que servem também de criadouro para o mosquito;
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- Desentupimento de ralos, limpeza e secagem de jardineiras nas janelas dos apartamentos;
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- Descarte de lonas, plásticos ou outro material utilizado para cobrir veículos em garagens descobertas;
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- Evitar amontoar objetos que facilitam o acúmulo de água nas garagens, quintais e áreas comuns;
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- Manter sempre tampadas as caixas d´água e outros reservatórios utilizados para economizar água.
Tomando esses cuidados, você mantém o seu condomínio mais seguro. E o mais importante: não guarde essas informações para você. Compartilhe com seus vizinhos para que a sua rua, o seu quarteirão e o seu bairro também fiquem protegidos.