O presidente do Sindicon, Carlos Eduardo Alves de Queiróz participou de almoço na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) em que o prefeito da capital, Márcio Lacerda, apresentou o projeto do novo plano direitor da cidade.
O projeto chega à Câmara Municipal no princípio de abril e define novas regras para a ocupação da cidade. Entre os objetivos está o incentivo ao uso do transporte público e a descentralização do comércio. “Ele foi elaborado para pensarmos a cidade em longo prazo, proporcionando o equilíbrio adequado e evitando desigualdades sociais e territoriais. Tivemos a responsabilidade de aprovar algo moderno, sustentável, que detalha urbanisticamente quarteirão a quarteirão, mirando naturalmente a inserção de todos e a competitividade da cidade”, explicou Lacerda.
O novo plano diretor prevê, por exemplo, que os novos empreendimentos imobiliários invistam em centros de compras ou de lazer, de maneira a evitar o grande fluxo de veículos para o centro.
No entanto, duas questões precoupam o Sindicon. A primeira diz respeito à redução no número de vagas de estacionamento nas ruas. Para os prédios comerciais, essa pode ser uma mudança prejudicial, já que muitos clientes ou consumidores tem no carro o seu principal meio de transporte.
A segunda novidade que pode causar problemas é a redução no número de vagas de garagem nos novos empreendimentos. “Hoje é sabido que um dos maiores problemas nos condomínios são as vagas de garagem. Se houver diminuição, pode-se esperar ainda mais confusão, principalmente porque na rua já não vai ser possível estacionar também”, analisa Carlos Eduardo.
Já uma regra atual que foi mantida no novo Plano Diretor diz respeito aos passeios. Hoje, os condomínios são obrigados a fazer a manutenção dos passeios em frente às edificações, sob o risco de multa. Muitas vezes, essa determinação signfica prejuízo, já que o condomínio não faz uso exclusivo da calçada. Assim, o Sindicon apresentou sugestão de mudança nessa regra, para que a prefeitura se responsabilize pelos gastos com os reparos.
As propostas do novo Plano Diretor de Belo Horizonte foram discutidas na quarta Conferência Municipal de Política Urbana e agora dependem de aprovação na Câmara Municipal.