O Sistema Nacional de Meteorologia, coordenado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), emitiu alerta para a seca em Minas Gerais e mais quatro estados: Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. O alerta vale para os meses de junho a setembro.
De acordo com o documento divulgado no fim de maio, os modelos meteorológicos apontam baixo volume de chuva no leito do Rio Paraná, uma das principais fontes de abastecimento das regiões Sul e Sudeste.
Os dados apotam ainda que a seca de 2021 pode ser a pior dos últimos 91 anos. Em Minas, a região mais afetada é a oeste.
Entre as consequências da situação hídrica está o aumento na tarifa de energia. Em maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), acionou a bandeira vermelha patamar 2, que passa a vigorar a pertir de junho. Isso significa acréscimo de R$6 para cada 100kW/h consumidos. Outro sério efeito que a seca pode trazer é o racionamento de água e de energia, que não está em vigor, mas também não foi descartado.
Para muitos condomínios, o acréscimo na conta de luz pode pesar e provocar aumento na taxa mensal. Para evitar mais gastos num momento de alta da inflação e do desemprego, é preciso economizar. Entre as medidas mais eficazes estão a instalação de sensores de presença nas lâmpadas das áreas comuns, verificação da rede elétrica para evitar ou corrigir pontos de fuga de energia, uso racional de elevadores e conscientização para que os moradores desliguem as luzes e os equipamentos da academia, quadras, churrasqueiras e outros ambientes após o uso.
Também é importante alertar moradores sobre a necessidade de economizar água, principalmente nos prédios em que não há individualização. Diminuir o tempo no banho, não deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes e juntar o máximo de roupa possível para utilizar a máquina de lavar já são medidas conhecidas. Porém, cada unidade pode também verificar se há vazamentos aparentes, como na descarga ou torneiras, ou escondidos em paredes ou nos pisos.
Os funcionários da limpeza também devem ser orientados a não desperdiçar água, principalmente evitando o uso de mangueiras para varrer as áreas comuns e os passeios, ato tão comum e tão prejudicial ao meio ambiente e ao bolso. “A economia de água e luz é um esforço coletivo. Todos têm que ficar atentos para evitar aumento de custos e desperdício de recursos naturais”, aconselha o presidente do Sindicon MG, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.