Período chuvoso exige cuidados para evitar a dengue

19/11/2025 | Geral

Minas Gerais registrou, até o dia 17 de novembro deste ano, 114.715 casos confirmados de dengue, com 138 mortes. Em relação à chikungunya, são 17.019 confirmações e 6 mortes. E em relação à zika, são 27 casos confirmados. Os dados são do Painel de Monitoramento da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e mostram uma significativa redução em relação ao ano passado, que teve recorde histórico no número de casos (1.695.014).

Ainda assim, há motivo para preocupação. Isso porque o sorotipo 3 da dengue, que há décadas não era registrado, começou a ressurgir gradualmente e a expectativa da SES-MG é que ele provoque uma nova elevação no número de pessoas infectadas. Outro ponto de atenção diz respeito ao caráter cíclico das arboviroses. Normalmente, após um ano com relativamente poucos casos, há um significativo aumento no período seguinte e vice-versa.

Por isso, toda a sociedade deve ficar atenta e tomar as medidas necessárias para evitar o acúmulo de água parada e impedir a reprodução do aedes aegypti, o pernilongo transmissor do vírus que provoca a doença. É nas residências familiares que estão mais de 80% dos focos do mosquito.

Nos condomínios, algumas ações simples podem contribuir para manter a saúde de condôminos e funcionários. Assim, diariamente deve ser feita a verificação se há: 

  • calhas entupidas, que retém água da chuva; 
  • telhas quebradas que formam poças de água da chuva; 
  • ralos destampados; 
  • brinquedos dos playgrounds a céu aberto que podem formar poças de água; 
  • lonas que condôminos podem usar para proteger os carros em garagens descobertas; 
  • pneus velhos, 
  • latas de tinta ou outro tipo de entulho exposto à chuva; 
  • pratos de vasos de plantas; 
  • bordas sujas de piscinas;
  • caixas d’água destampadas ou mal tampadas; 
  • qualquer superfície que acumule água.

Além disso, os condôminos devem verificar: 

  • jardineiras das janelas; 
  • vasos sanitários com pouco uso ou não utilizados; 
  • objetos espalhados por áreas privativas; 
  • coberturas com irregularidades no piso que propiciem acúmulo de água; 
  • garrafas, tampinhas, copos ou outros vasilhames expostos à chuva; 
  • bandejas de ar condicionado e climatizadores; 
  • pratinhos de vasos de plantas; 
  • bebedouros de pets; 
  • tanques de lavar roupa; 
  • vão entre as lâminas do box do banheiro. 

Esses são alguns dos lugares mais evidentes, mas qualquer superfície que acumule água deve ser frequentemente limpa e seca.

“Os síndicos têm papel fundamental na sensibilização dos moradores dos condomínios. Um mosquito infectado pelo vírus de qualquer uma das doenças pode infectar várias pessoas no mesmo prédio”, afirma o presidente do Sindicon MG, advogado condominialista, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.

Além disso, o Sindicon MG recomenda que os pais levem os filhos menores de 14 anos para se vacinarem contra a dengue. São duas doses do imunizante, que vão prevenir que as crianças desenvolvam a forma grave da doença, reduzindo as chances de internação e morte. 

É preciso a boa vontade, consciência e participação de todos para frear a dengue, a chikungunya e a zika.

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