O período de seca, que começa em meados de abril e vai até o início de setembro, é uma excelente oportunidade para que síndicos realizem todas as obras de manutenção e reparos necessários para que os prédios passem com tranquilidade pelo período chuvoso. Tomar essas medidas pode evitar uma série de transtornos e até danos graves que levam a desabamentos, como já foi observado tantas vezes em Belo Horizonte e no interior de Minas Gerais.
Entre os cuidados que devem ser tomados está a verificação minuciosa dos muros, fachadas e pisos para saber se existem trincas, fissuras ou rachaduras. O síndico também deve observar se há algum tipo de infiltração ou algum outro dano que comprometa a estrutura do edifício.
Mas um item importante que muitas vezes é negligenciado é o telhado. Por causa da localização, essa parte do prédio costuma ser esquecida. Acontece que, nos casos em que o telhado está com falhas, pode haver repercussões nos apartamentos logo abaixo e isso significa prejuízo para o condomínio. Por isso, a vistoria nas telhas é tão necessária.
Para essa tarefa, o síndico deve contar com a ajuda de um engenheiro perito em edificações. Muitos condomínios evitam a contratação desse profissional para conter gastos; no entanto, o Sindicon MG avalia que essa despesa é essencial e bem inferior se comparada ao montante gasto em caso de reparos de estragos advindos do mau tempo. Prevenir é sempre melhor que remediar.
O gestor deve ficar atento também a limpeza de calhas, ralos, bueiros e caixas de gordura. “O síndico deve ser bastante cuidadoso, porque se algum apartamento for danificado por falta de manutenção, a responsabilidade é do condomínio”, alerta o presidente do Sindicon, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.
Caso seja detectado algum dano na estrutura que possa ser agravado pela chuva ou comprometer a estabilidade do imóvel, o conserto deve ser providenciado imediatamente, sempre com a orientação e supervisão do engenheiro e, caso necessário, da Defesa Civil municipal.