As fortes chuvas que têm caído em Minas Gerais nas últimas semanas vêm causando muitos estragos.
A situação mais grave aconteceu no domingo, dia 19 de janeiro. Em Belo Horizonte, o Ribeirão Arrudas subiu quase 10 metros, destruindo o asfalto da Avenida Tereza Cristina. Em Contagem, casas foram inundadas, prédios destelhados e pessoas arrastadas pela enxurrada, que chegava ao nível da cintura.
Situações como essas têm se tornado cada vez mais frequentes, em parte porque a chuva tem se concentrado em um período mais curto do ano, mas também porque a maioria das cidades não está preparada para receber um volume de água muito grande em pouco espaço de tempo. O resultado são estragos tanto nas vias públicas quanto em imóveis particulares. E é justamente por isso, que o Sindicon MG recomenda que os condomínios tenham seguro contra desastres naturais.
Apesar de obrigatório por lei (4.591/64), muitos prédios não têm nenhum tipo de cobertura contra esses incidentes. “As pessoas nunca acham que vão precisar e acabam acreditando que é um gasto extra sem necessidade”, afirma o presidente do Sindicon MG, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiróz. No entanto, segundo ele, muitos prejuízos podem ser evitados se o condomínio investir em um bom contrato.
Para isso, é preciso que o síndico e os condôminos não pensem apenas no quanto vão gastar, mas como vão gastar. “Nem sempre o seguro mais barato é o que vale mais a pena, porque geralmente ele tem poucas coberturas”, diz o presidente. Uma boa apólice deve cobrir danos com temporais, incêndios, acidentes que comprometam a estrutura (como uma batida que derrube um muro, por exemplo), danos elétricos, além de furto e roubo. “É aquela velha máxima do ‘é melhor prevenir do que remediar’. As pessoas podem achar que o seguro é caro, mas imagina o preço que ficaria refazer toda a parte elétrica de um prédio que sofreu curto circuito por causa de um raio ou indenizar moradores que tiveram o carro destruído porque uma laje caiu, como foi o caso daquele prédio em Brasília? É a questão do custo-benefício”, pondera Carlos Eduardo.
Para contratar o seguro, o síndico deve fazer no mínimo três orçamentos e levar para a aprovação da Assembleia. Quanto mais gente participar, melhor.