Um fator fundamental para a saúde de qualquer pessoa é a qualidade da água. Onde a água é limpa, o índice de doenças relacionadas à ingestão do líquido é muito menor do que em locais em que não há saneamento básico ou água potável. De acordo com dados do IBGE, a falta de saneamento mata 11 mil pessoas por ano no Brasil.
Porém, algumas doenças não tão graves podem afetar mesmo quem tem acesso a água tratada, como nos casos de quem mora em condomínio, e isso acontece pela falta de limpeza e manutenção das caixas d?água. Acredita-se que a limpeza anual é suficiente para garantir a qualidade da água que é distribuída a todas as unidades. Porém, nem sempre essa média é suficiente.
A primeira coisa a se pensar é no estado do reservatório. O síndico, juntamente com a empresa de manutenção, deve avaliar se a caixa d’água está íntegra. Se há rachaduras, se a tampa está quebrada, se há vazamentos ou sujeira de anos acumulada, é preciso avaliar a possibilidade de troca, principalmente porque uma higienização anual não vai resolver esses problemas.
Frequência – Caso a caixa d’água esteja em boas condições, é preciso montar um cronograma de limpeza, de preferência a cada seis meses, com foco na retirada de resíduos orgânicos e eliminação de bactérias ou outros agentes infecciosos que possam contaminar a água. Na semana da limpeza, o síndico deve avisar os moradores com antecedência, para que, no dia, as pessoas não usem a máquina de lavar e evitem abrir torneiras ou ligar chuveiros durante a limpeza.
Outro ponto importante é saber escolher a empresa que fará a limpeza. “As pessoas buscam sempre economizar e às vezes chamam um ‘quebra-galho’; mas nesses casos, é fundamental optar por profissionais capacitados, que vão usar os produtos e as técnicas corretas para a limpeza da caixa d’água e vão orientar corretamente os condôminos sobre procedimentos anteriores e posteriores ao processo de higienização do reservatório”, explica o presidente do Sindicon MG, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.
Além da limpeza regular da caixa d’água, o síndico também deve ficar atento em relação ao estado do encanamento do prédio. Se o edifício for antigo e ainda utilizar canos de ferro, vale considerar a troca por materiais mais sustentáveis e que não enferrujam. Tubulações enferrujadas e com sujeira acumulada ao longo de décadas também podem contaminar a água que chega às torneiras.