O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, proibiu expressamente reuniões e festas em áreas comuns de condomínios da cidade. A determinação é de decreto publicado no dia 5 de maio no Diário Oficial do Município e procura evitar a transmissão do coronavírus dentro dos prédios.
O decreto diz que “os condomínios edilícios deverão suspender a realização de festas em áreas comuns de lazer ou de recreação e regulamentar a utilização destas áreas, bem como prever penalidades aos condôminos pelo descumprimento das regras”. A pena para o descumprimento é de até 20 vezes o valor da taxa mensal.
Desde o início da pandemia de coronavírus no Brasil e com a publicação dos decretos de isolamento social em Minas Gerais e diversos municípios, o Sindicon MG vem recomendando que os síndicos fechem as áreas comuns e de lazer e proíbam a realização de festas, churrascos, utilização das piscinas, das academias, espaços gourmets e playgrounds ou bate papo pelos corredores e nas portarias.
As Assembleias, ainda que para eleição de novo síndico ou prestação de contas, também devem ser suspensas e o mandato do síndico em exercício renovado automaticamente até que se tenha segurança para que as reuniões possam voltar a acontecer.
Os elevadores também devem ser utilizados com cautela. Nunca com muitas pessoas ao mesmo tempo e sempre com uso de máscaras. A adoção da etiqueta da tosse também é importantíssima. Utilize a dobra do cotovelo ao tossir ou espirrar para evitar a contaminação das demais pessoas que estejam dentro do elevador e do próprio equipamento.
É bom lembrar que mesmo dentro das unidades, as festas, visitas e reuniões também devem ser evitadas, especialmente com pessoas idosas ou com outras doenças, classificadas como comorbidades, como obesidade, diabetes, problemas respiratórios, cardíacos ou com pressão alta. Quando se recebe grande quantidade de pessoas em casa, é impossível saber se entre elas alguma está contaminada, porque muitas pessoas acometidas pelo vírus são assintomáticas. Entretanto, mesmo sem sintomas elas podem transmitir o vírus e aí, o ciclo de contaminação se estende.
“É preciso ter muita consciência neste momento, para preservar a saúde e a vida de toda uma comunidade”, diz o presidente do Sindicon MG, Carlos Eduardo Alves de Queiroz. Ele completa. “Quem puder ficar em casa, preservando as normas de distanciamento social, deve ficar. Quanto mais nos empenharmos agora, mais cedo sairemos dessa crise”.