A Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG) autorizou a Copasa a reduzir em 1,52%, em média, as tarifas de água em Minas Gerais. A resolução nº 154/2021 foi publicada no Diário Oficial do Estado no dia 29 de junho.
Segundo o governo de Minas, também foram autorizadas as novas regras para o próximo ciclo tarifário (2021 a 2025). Já aprovadas, as novas regras devem ser aplicadas a partir de primeiro de agosto. A nova tarifa representa o valor de 74% da tarifa de água, bem inferior aos 100% atuais para quem tem o esgoto tratado.
Ainda de acordo com as informações oficiais, a redução no valor final da conta dependerá do volume consumido e da categoria na qual o usuário está inserido.
Porém, segundo a Arsae, a maioria dos consumidores vai perceber uma redução das faturas. Um usuário residencial com água, coleta e tratamento de esgoto que consome até 5m³, por exemplo, deixará de pagar uma conta de R$ 36,04 e passará a pagar R$ 30,64, uma redução de 14,98%.
Para o Sindicon MG, essa redução é muito significativa, principalmente para os condomínios que não têm individualização de água. “Em alguns prédios, é difícil conseguir que as unidades reduzam o consumo de água porque não há incentivo, já que todos pagam sempre o mesmo valor, salvo as coberturas ou áreas privativas, que pagam a taxa condominial por fração ideal”, analisa o presidente do sindicato, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiróz.
Porém… – Se a Copasa poderá reduzir o valor da conta de água, por outro lado, a Cemig terá que realizar aumento de 52% na tarifa de energia elétrica a partir de 1º de julho. Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), decidiu, no dia 29 de junho, por novo aumento na tarifa extra de energia, que já está na bandeira vermelha patamar 2. O novo valor passa de R$6,24 para R$9,49 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Isso significa que uma conta média de R$130 pode passar dos R$200 se não houver economia. A justificativa do governo federal é a falta de chuvas. De acordo com o Sistema Nacional de Meteorologia, 2021 será o ano mais seco das últimas nove décadas.
Por isso, a recomendação é que os condomínios adotem medidas de redução de gastos, tanto de água quanto de luz, não só para aliviar as contas, como também para contribuir com o meio ambiente.
Entre as medidas que podem ser adotadas nos prédios e nos apartamentos, estão:
- Checar por vazamentos aparentes e não aparentes;
- Inspecionar as instalações elétricas para verificar se há fuga de energia e reparar possíveis falhas;
- Orientar funcionários a evitar o uso de mangueiras e outros equipamentos de limpeza que promovam uso maior e até desperdício de água;
- Racionalizar o uso de áreas comuns