Bombeiros atuam no desabamento de prédio em BH |
A temporada de chuva 2021/2022 já chegou causando muitos estragos em Belo Horizonte e em cidades do interior de Minas Gerais. Na capital, diversos imóveis desabaram, inclusive um prédio de 3 andares no bairro Jaqueline, em Venda Nova, que deixou duas pessoas mortas – um homem de 35 anos e um bebê de apenas 1 ano e 8 meses. A construção era irregular e não chovia na hora do desabamento (madrugada do dia 7 de dezembro), mas, segundo o Corpo de Bombeiros, a precipitação que caiu por quase 24 horas seguidas no dia anterior pode ter contribuído para a tragédia.
Já nos vales do Jequitinhonha e Mucuri, 31 cidades decretaram situação de emergência depois de serem parcialmente destruídas pela força das águas também no dia 7.
A previsão do tempo, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), é que a chuva continue por mais alguns dias, com alguns intervalos de sol, como o que ocorre normalmente nesta época do ano. Por isso, é necessário que os condomínios redobrem os cuidados para evitar danos durante o período chuvoso, que se estende até março.
Vistoria – Entre os cuidados que devem ser tomados está a verificação minuciosa dos muros, fachadas e pisos para saber se existem trincas, fissuras ou rachaduras. O síndico também deve observar se há algum tipo de infiltração ou algum outro dano que comprometa a estrutura do prédio.
Para essa tarefa, o síndico deve contar com a ajuda de um engenheiro perito em edificações. Muitos prédios evitam a contratação desse profissional para evitar gastos; no entanto, o Sindicon MG avalia que essa despesa é essencial e bem inferior se comparada ao montante gasto em caso de reparos de estragos advindos do mau tempo. Prevenir é sempre melhor que remediar.
O gestor deve ficar atento também a limpeza de calhas, ralos, bueiros e caixas de gordura e ao reparo de telhados. “O síndico deve ser bastante cuidadoso, porque se algum apartamento for danificado por falta de manutenção, a responsabilidade é do condomínio”, alerta o presidente do Sindicon, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.
Caso seja detectado algum dano na estrutura que possa ser agravado pela chuva ou comprometer a estabilidade do imóvel, o conserto deve ser providenciado imediatamente, sempre com a orientação e supervisão do engenheiro e, caso necessário, da Defesa Civil municipal.
Dengue – Outra preocupação que o período chuvoso traz é com relação à proliferação do mosquito aedes aegypt, o famigerado pernilongo da dengue, que também transmite chikungunya, zika vírus e até febre amarela. É no período quente e úmido que ele se reproduz.
Por isso, o síndico deve orientar funcionários e condôminos, tanto de prédios residenciais como comerciais, a fazerem uma verificação diária de áreas comuns e particulares em busca de locais onde haja água parada. Pneus, tampas de garrafas, vasos de flores, copos, baldes e até um buraco no chão podem acumular água. É importante manter as áreas limpas e secas para não dar chance do mosquito se reproduzir.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, até o dia 29 de novembro, Minas Gerais registrou 15.255 casos confirmados de dengue. Seis pessoas morreram.
Em relação à Febre Chikungunya, 5.344 casos foram confirmados. Um óbito foi confirmado.
Já em relação à zika, foram 25 confirmações. Não foram confirmados óbitos por zika em Minas Gerais até o momento.