Nesta sexta-feira, é comemorado o Dia Mundial da Água. No Brasil, os debates giram em torno da preservação das nossas reservas naturais. Apesar de o país ter a maior quantidade de água doce no mundo e Minas Gerais já ter sido considerada a “caixa d’água” do Brasil, a previsão é que até 2040, haja redução de 40% da disponibilidade hídrica da maior parte do país, incluindo a região Sudeste. O dado faz parte do estudo “Impactos da Mudança Climática nos Recursos Hídricos no Brasil”, da Agência Nacional de Águas (ANA).
Assim, é preciso intensificar agora a proteção dos cursos d’água para que as gerações futuras não sofram com a escassez do recurso mais importante para a vida. Mas como os moradores de condomínio podem contribuir para isso?
Vazamentos – A primeira medida a ser tomada para a redução do consumo é evitar o desperdício. Assim, o síndico deve providenciar uma análise e diagnóstico do encanamento do condomínio para verificar se há e corrigir possíveis vazamentos. A fuga de água não só encarece a conta além do necessário, como pode provocar trincas ou rachaduras na estrutura, podendo levar o edifício a colapsar.
Individualização – O Sindicato dos Condomínios Comerciais, Residenciais e Mistos de Minas Gerais (Sindicon MG) recomenda ainda que os condomínios façam a individualização da água. Esse processo consiste em instalar medidores individuais para cada unidade, de forma que seja possível medir com precisão quanto cada uma consumiu, fazendo assim a cobrança proporcional. “Essa iniciativa se provou uma das mais eficientes para a redução do desperdício de água porque muita gente só se conscientiza sobre a importância de economizar quando a conta chega. Quando o rateio é feito por igual, nem todos se preocupam com o consumo consciente, mas, se dói no bolso, a história muda”, comenta o presidente do Sindicon MG, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.
Conscientização – Além disso, as medidas mais comuns de conscientização sobre uso racional da água também continuam atuais. Fechar a torneira ao escovar os dentes, não tomar banhos demorados, não lavar áreas comuns e passeios com mangueira (dando preferência sempre para o balde) e reaproveitar a água da máquina de lavar para limpar áreas privativas são algumas delas.
Essas iniciativas podem parecer pequenas diante do enorme problema que o país pode enfrentar nas próximas décadas. Porém, basta comparar a economia na conta da Copasa para confirmar que elas são efetivas. “Se cada condomínio adotar medidas de combate ao desperdício, todos nós vamos fazer a nossa parte para contribuir com o meio ambiente”, conclui Carlos Eduardo.