Uma das principais reclamações em condomínios é o barulho. A qualquer hora do dia ou da noite, é possível ouvir ruídos da rua e dos vizinhos, muitas vezes tão incômodos, que comprometem a qualidade de vida. Isso acontece especialmente em condomínios próximos a bares com música ao vivo, boates ou points onde a juventude costuma se reunir.
Para evitar que o barulho invada o apartamento, muitos condôminos têm optado por instalar janelas acústicas. Também conhecidas como janelas anti-ruídos, essas estruturas são compostas por vidros duplos ou triplos e com perfis reforçados e borrachas de vedação para diminuir as frestas e impedir a passagem do som. Entre os vidros, são fixadas câmaras de ar ou de gás, o que ajuda a bloquear e absorver as ondas sonoras.
Fachada – Entretanto, para a instalação das janelas é necessário verificar se o projeto não altera a fachada do prédio. Neste caso, é necessária a aprovação da assembleia. E se outros condôminos também optarem pela janela acústica, o projeto deverá ser o mesmo. “É importante lembrar que a Lei dos Condomínios e o Código Civil determinam a unanimidade dos condôminos para a mudança na fachada. Por isso, é preciso esclarecer para a assembleia como o barulho tem sido prejudicial a quem tem a intenção de instalar a janela acústica e como esse dispositivo pode ser útil para o conjunto dos moradores, melhorando a qualidade de vida e valorizando os imóveis” orienta o presidente do Sindicon MG, advogado condominialista Carlos Eduardo Alves de Queiroz.
Por outro lado, há alternativas, como sobreposição das lâminas internamente, que dispensam a realização de obras que modifiquem a aparência do condomínio.
Regras – Já com o barulho interno é preciso lidar de outras formas. Especialmente nos prédios recentemente construídos, é possível ouvir ruídos que vão de simples conversas, choro de criança, até chuveiro funcionando e TV ligada. Nesses casos, o síndico deve manter o regulamento interno em dia, com regras bem estabelecidas para evitar conflitos.
“Os moradores precisam ter consciência que vivem em comunidade e que, em certa medida, todos incomodam a todos. Assim, é preciso ter bom senso, respeitar as regras e os vizinhos”, alerta Carlos Eduardo.