No dia 1º de março, três homens e uma mulher vestidos com roupas bem semelhantes ao uniforme de Agente de Controle de Endemias (ACE) da Prefeitura de Belo Horizonte, tentaram assaltar uma casa do bairro Flávio Marques Lisboa, no Barreiro. A dona da casa desconfiou do número de pessoas tentando vistoriar o imóvel no momento em que um deles anunciou o assalto. Ela gritou e dois guardas municipais que estavam nas imediações – a casa fica próxima à regional Barreiro -, conseguiram evitar o crime. Apenas um dos bandidos foi preso na hora.
O receio de passar por situações como essa é que faz com que muita gente impeça que os verdadeiros agentes de combate à dengue acessem os imóveis para vistoria e aplicação de larvicidas. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, na região da Pampulha, por exemplo, de cada 10 casas, sete não abrem as portas para os agentes.
O trabalho dos ACE, juntamente com a dedicação diária da população é importante para combater o aedes aegypti, já que, de acordo com dados do Ministério da Saúde, 80% dos focos do mosquito, que também transmite a chicungunya e o zika vírus, estão dentro das residências. Por isso, é importante que a população colabore.
Para permitir que o agente entre no imóvel com segurança, alguns cuidados podem ser tomados por moradores, síndicos e porteiros. O primeiro deles é verificar a identificação: o agente deve estar uniformizado e com crachá indenificando-o como servidor da PBH e uma bolsa com o kit que vai ser usado. Caso ainda haja dúvida, o morador pode ligar para a sua regional e confirmar o nome do agente e a rota que ele faz naquele dia. Nunca abra a porta para desconhecidos não identificados; mas uma vez que os dados batem, também não deixe de contribuir para a grande campanha que está sedo desenvolvida para o combate ao aedes.