O pré-carnaval em Belo Horizonte e nos maiores municípios de Minas Gerais já começou ou está prestes a começar. Com maior investimento público e privado, as cidades mineiras, especialmente a capital, se tornaram o destino de milhares de turistas, tornando a folia no estado uma das mais importantes do país. Somente em BH, são esperados 6,5 milhões de foliões entre os dias 28 de fevereiro e 5 de março.
Para a economia das cidades, a festa de Momo é extremamente positiva, porque movimenta toda a cadeia produtiva, desde o comércio de comidas, bebidas e fantasias, até a rede hoteleira. Entretanto, para os condomínios, o carnaval nem sempre é um bom negócio.
Preservação – Um dos motivos é a preservação da estrutura. Principalmente os condomínios que ficam em circuitos de desfiles de blocos precisam tomar atitudes para preservar as fachadas. No meio da multidão, pode acontecer dano à portaria de vidro, pichações e os jardins e muros podem ser usados como banheiro. Nesse caso, vale colocar tapumes e grades para evitar o contato do público com a fachada do prédio.
Proteção – O outro e principal motivo é a segurança. Durante os dias de festa, todo o efetivo da Polícia Militar estará direcionado à proteção das milhares de pessoas que vão desfilar. Por isso, é necessário que os condôminos redobrem a atenção para manter a coletividade segura.
Uma das ações é evitar a entrada de pessoas estranhas no condomínio. Muitos foliões pedem para usar o banheiro do prédio ou de um apartamento e a resposta deve ser não, mesmo que a aparência da pessoa não desperte desconfiança. “Ladrão não tem cara. Qualquer um pode estar mal intencionado; por isso, todos devem desconfiar e impedir a entrada de estranhos”, alerta o presidente do Sindicon MG, advogado condominialista, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.
Além disso, fechar os portões sempre que entrar ou sair é imperativo. “É o básico, mas muita gente esquece. Ao sair da garagem, não arranque imediatamente com o carro. Espere o portão fechar, para depois seguir caminho. Durante o fechamento, pessoas que estiverem rondado o edifício podem entrar sem que o motorista perceba”, afirma o presidente.
Curta temporada – Aluguel por curta temporada também deve ser vedado. Apesar de ser uma fonte de renda para muita gente, o entra e sai de pessoas no prédio, com acesso a chaves e à rotina do condomínio, é extremamente perigoso.
Recentemente, apartamentos de um condomínio de São Paulo foram assaltados por criminosos que alugaram uma unidade em plataformas de hospedagem. Eles ficaram instalados no imóvel durante alguns dias e conseguiram avaliar as vulnerabilidades dos vizinhos. Eles roubaram joias e até uma camisa da Seleção Brasileira de Futebol autografada por Pelé.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já entendeu que os condomínios podem proibir os aluguéis por curta temporada. “Por isso, o síndico deve reunir a assembleia para atualizar a convenção e o regimento interno e conseguir barrar os aplicativos”, recomenda Carlos Eduardo.
Com medidas simples, o Carnaval 2025 pode ser mais tranquilo e seguro para todos.