A menos de um mês para o Natal, muitos condomínios já começam a fazer as decorações para dar a cara do fim do ano. É inegável que a cidade fica muito mais bonita nesta época, com todas as cores e brilhos. Entretanto, é preciso tomar alguns cuidados para que a decoração não traga dor de cabeça.
Definições – Do ponto de vista administrativo, a primeira coisa a se pensar é nos gastos e como eles serão custeados. Alguns condomínios permitem que o síndico defina e execute essa despesa por conta própria. Para isso, é preciso que a Convenção Condominial ou o Regimento Interno sejam claros ao permitir “despesas extras”. Caso contrário, ele deve convocar uma assembleia para discutir o orçamento para os enfeites.
Aproveitando a reunião, os condôminos também podem discutir o custo-benefício da compra ou aluguel da decoração. Isso porque ao comprar a árvore de Natal, por exemplo, é preciso saber quem vai montar, desmontar, onde ela será guardada, etc. O condomínio vai contratar pessoas para fazer tudo isso? Nesse caso, não seria melhor contratar uma empresa que forneça os itens e a montagem e desmontagem?
Segundo o presidente do Sindicon MG, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz, todas essas questões devem ser levadas em consideração para evitar transtornos. “Não basta querer montar a decoração; tem que colocar na ponta do lápis porque todas as atividades natalinas geram custos. O Sindicon MG incentiva que os condomínios se preparem para o Natal, mas tudo tem que ser feito corretamente para evitar questionamentos posteriores”, destaca ele.
Depois de decidida a decoração, é preciso se atentar também para a instalação. O importante é evitar risco de choques e até incêndio. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), selecionou algumas dicas para que tudo corra bem.
A instalação de ornamentos luminosos em áreas externas merece atenção devido à exposição a elementos naturais, como vento e chuva. Demetrio Aguiar, engenheiro eletricista da Cemig, alerta para a necessidade de proteção dos pontos das conexões e tomadas, além da distância de 1,5 metro da rede elétrica, nos casos de instalação de lâmpadas decorativas em fachadas, muros, jardins e árvores.
“Recomenda-se, ainda, instalar enfeites em locais fora do alcance das crianças e dos animais domésticos. Em caso de árvores de Natal com iluminação instalada no chão, uma sugestão é criar uma barreira física com caixas embrulhadas de presentes para impedir o acesso aos enfeites elétricos”, orienta o engenheiro da Cemig.
Ainda de acordo com o especialista da companhia, instalações feitas de forma incorreta são um grande perigo para a população. Dessa forma, a fixação dos enfeites deve ser feita de forma segura, de acordo com a especificação técnica de cada equipamento e, principalmente, evitando-se as gambiarras.
“São consideradas gambiarras as instalações que utilizam diversos fios e adaptadores (benjamins ou ‘Ts’) para realizar a ligação de diversos enfeites em uma única tomada. Esses dispositivos provocam sobrecarga e, consequentemente, o mau funcionamento dos aparelhos, podendo causar choque elétrico e princípios de incêndio”, ressalta. Demetrio Aguiar também destaca que os enfeites luminosos devem ser de boa procedência e que obedeçam a todos os requisitos técnicos de segurança do Inmetro.
*Com informações da Cemig