Uma pesquisa feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead) revela que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da cidade de Belo Horizonte apresentou alta de 0,35% na segunda prévia semanal de agosto de 2024, desacelerando em relação à quadrissemana anterior, quando o IPCA apresentou alta de 0,56%. Entretanto, no decorrer deste ano, o IPCA BH registra um aumento acumulado de 5,97%, enquanto nos últimos doze meses a alta é de 8,04%.
Um dos responsáveis pela pressão no custo de vida é o valor da taxa de condomínio, que subiu 1,40% apenas na segunda quadrissemana do mês. Segundo a Ipead, o índice pode estar captando os reajustes condominiais dos últimos meses que podem estar associados a fatores como reajustes na tarifa de energia elétrica (somente neste ano, em Minas Gerais, foram dois) e outros fatores de custo de manutenção.
Quando esses itens começam a pesar mais do que o rateio mensal, não resta outra alternativa ao síndico do que reajustar a taxa. Normalmente, essa atitude causa reclamações dos condôminos; afinal, ninguém quer ter mais gastos. Porém, o gestor não pode ceder à pressão e deixar as contas no vermelho. “Síndico bom não é o que não aumenta a taxa de condomínio, mas aquele que mantém as contas em dia”, ensina o presidente do Sindicon MG, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.
Economia – Para evitar a necessidade de reajustar a taxa, os condôminos precisam colaborar. No site do Sindicon MG é possível encontrar diversas dicas de economia de água e luz, que estão entre os principais gastos do condomínio.
Também é necessário que os condôminos fiquem atentos para o uso racional dos recursos que a estrutura oferece. Para quem vive em condomínios com área de lazer, vale lembrar de desligar luzes e equipamentos ao fim do uso e não deixar chuveiros abertos ou pingando após a utilização.
O síndico também pode pedir à empresa de manutenção para programar os elevadores para o funcionamento inteligente, para que apenas um carro atenda o chamado, evitando tanto o gasto energético quanto o desgaste do equipamento. Outra medida é desligar o aquecimento da piscina quando houver menor demanda de uso.