Crimes sexuais nos condomínios devem ser denunciados

27/03/2024 | Comunidade

O Ministério Público do Ceará denunciou, no último domingo, por importunação sexual o assessor de investimentos Israel Bandeira, que tocou as partes íntimas de uma mulher dentro de um elevador em um condomínio de Fortaleza. O crime aconteceu em 15 de fevereiro e foi registrado pelas câmeras de segurança do edifício. O MP também pediu a prisão preventiva de Israel. Após a denúncia, mais duas mulheres relataram que também foram vítimas do abuso por parte do empresário. 

Os casos de importunação sexual têm crescido nos últimos anos. De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Minas Gerais, em 2020 foram registradas 2.257 ocorrências. Em 2023, o número quase dobrou e chegou a 4.255.

Quando casos desse tipo acontecem em condomínios, a primeira providência que a vítima deve tomar é chamar a Polícia Militar imediatamente para não dar tempo do suspeito fugir. O síndico pode ajudar disponibilizando as imagens das câmeras de segurança para as autoridades e oferecendo apoio.

Atentado ao pudor – Além desse caso, outra notícia chocante foi a tentativa de linchamento de um casal que fez sexo dentro da piscina de um condomínio, na cidade de Londrina (PR), no dia 10 de março. Segundo o relato de testemunhas, o casal não se incomodou com a presença de vizinhos, inclusive crianças. Revoltados, os moradores partiram para a agressão. A confusão foi tamanha que a Polícia Militar foi acionada. O homem ficou bastante ferido e teve que ser internado.

Homem é flagrado tocando partes íntimas de mulher em elevador
Crédito: Reprodução – Câmera de Segurança

Em casos desses tipos relatados acima o síndico pode levar os problemas para a Assembleia discutir quais providências podem ser tomadas, dentro do que dizem o Regimento Interno e a Convenção do Condomínio. “Se esse tipo de crime acontecer nas áreas comuns, a Assembleia pode deliberar sobre qual atitude tomar. Ainda mais em casos repugnantes, como esses”, orienta o presidente do Sindicato dos Condomínios Comerciais, Residenciais e Mistos de Minas Gerais (Sindicon MG), advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.

Em todo caso, segundo o presidente, o mais importante é acionar a polícia, para que os assediadores não continuem agindo criminosamente e fazendo novas vítimas.

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