Minas Gerais registrou em janeiro deste ano mais que o dobro de casos de dengue e chikungunya do que no mesmo mês de 2023, que também já apresentava crescimento acima do esperado. De acordo com o último balanço lançado pela Secretaria Estadual de Saúde, no dia 29 do mês passado, eram 64.724 casos prováveis, 23.389 confirmados, 35 mortes em investigação e uma confirmada por dengue em todo o estado. Em relação à chikungunya, eram 8.862 casos prováveis, 6.206 confirmados, 2 óbitos em investigação e um confirmado.
Por causa da explosão de casos das chamadas arboviroses, que são as doenças provocadas pelo mosquito aedes aegypti, o governo de Minas decretou no dia 27 de janeiro situação de emergência em saúde pública. A iniciativa permite a contratação de mais profissionais e insumos para atuar na eliminação dos focos do mosquito e no tratamento das pessoas que contraíram as enfermidades.
Entretanto, além do esforço do poder público, a população também tem que fazer a sua parte. Eliminar os locais onde o aedes pode depositar seus ovos e se reproduzir é fundamental para o controle das doenças. Nos condomínios, esse trabalho também é de grande importância. “Muita gente pensa que é só nas casas que há locais de acúmulo de água, mas nos apartamentos e salas comerciais também é possível encontrar focos do mosquito. Os condôminos devem ficar muito atentos, pois basta o aedes picar uma pessoa com o vírus da dengue para colocar toda aquela comunidade em risco”, alerta o presidente do Sindicon MG, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.
O que fazer – Nos condomínios, síndicos, trabalhadores da limpeza e condôminos devem ficar atentos aos seguintes pontos: vasos sanitários pouco utilizados (devem ficar com a tampa abaixada); reservatórios de aparelhos de ar condicionado e climatizadores (sempre higienizados); calhas, caixas d’água, lajes e áreas privativas com superfícies irregulares onde a água da chuva possa empoçar (fazer manutenção); recolher brinquedos jogados pelos quintais;não deixar expostas flores com orifícios que possam acumular água, como bromélias; manter limpos os bebedouros de animais; não colocar sacos de lixo fora do horário de passagem do caminhão da SLU; secar pratinhos de plantas, e dar correto descarte para pneus velhos e garrafas. Além disso, as áreas comuns devem estar sempre limpas e secas e a piscina deve estar com as bordas limpas.