Furtos de cabos causam prejuízos a condomínios de BH

09/05/2023 | Segurança

O furto de cabos de energia se tornou uma verdadeira epidemia nos grandes municípios. Em Belo Horizonte, segundo a Cemig, entre 2019 e o início de 2023, foram 28,01 km de cabos furtados, causando prejuízo de R$4,69 milhões de reais aos cofres públicos. Além de prejudicar a iluminação pública e o trânsito, o corte dos cabos também afeta os condomínios da cidade.
As falhas de energia podem queimar circuitos importantes, como o dos portões eletrônicos, elevadores e até de segurança. O impacto também é negativo nos apartamentos. Se falta luz, nada funciona. Isso pode ser apenas um incômodo passageiro, como também um grande prejuízo.
O Sindicato dos Condomínios Comerciais, Residenciais e Mistos de Minas Gerais (Sindicon MG) recebe vários relatos de condomínios que passaram por essa situação. Em um caso mais grave, uma condômina perdeu um medicamento que custava R$12 mil reais e que precisava ser refrigerado. Por causa disso, além da perda financeira, ela teve complicações sérias da doença e precisou ser internada.
Entretanto, mesmo com esses danos, os condomínios pouco podem fazer para reaver os prejuízos. “Os prédios atingidos não têm a quem reclamar, infelizmente e os condôminos acabam ficando com o prejuízo”, lamenta o presidente do Sindicon MG, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.  Segundo ele, o condomínio, porém, deve acionar a polícia para que o caso seja investigado e os autores do furto, presos. “O síndico pode cooperar oferecendo vídeos das câmeras de segurança para ajudar a polícia na identificação de suspeitos”, completa o presidente.
O que diz a Cemig – Por meio de nota, a Companhia Energética de Minas Gerais disse que “conta com o apoio da Polícia Civil, que trabalha na investigação e consequente criminalização dos envolvidos no furto e receptação deste material. Também desenvolve uma série de medidas que têm o objetivo de evitar esse tipo de prática. O uso de novas tecnologias de trancas e cadeados, além da instalação de grades e tampas bastante pesadas nas galerias da rede subterrânea que compõem o hipercentro e região da Savassi, em Belo Horizonte, são algumas dessas iniciativas”.
A Cemig disse ainda que, caso o furto de cabos provoque falta de energia nos imóveis, o consumidor pode procurar a  companhia para normalizar o serviço. “Atualmente, a maioria dos furtos ocorre em padrões de entrada subterrâneos, que são de responsabilidade dos clientes da Cemig. Caso sejam vítimas deste tipo de ação criminosa, os clientes podem acessar o portal da companhia para se informar sobre como proceder.”.
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