O Carnaval 2023 já começou em muitas cidades, inclusive em Belo Horizonte, onde a programação prevê o desfile de mais de 400 blocos de rua. Depois de dois anos sem festa por causa da pandemia de coronavírus, a expectativa de muitas cidades é que a folia de Momo seja maior do que a de 2020 e anos anteriores. Na capital mineira, a prefeitura projeta público de 5 milhões de pessoas, entre moradores e turistas. Praticamente 100% dos leitos de hotéis já estão reservados e até o dia 26 de fevereiro, a festa é garantida.
Os dados são positivos para a economia da cidade, tanto nos recursos advindos da cobrança de impostos, como com geração de renda dentro da cadeia da economia criativa, que inclui bares, restaurantes, costureiras, músicos, seguranças, hotéis, etc.
Porém, para moradores de condomínios há um outro lado. Os blocos vão desfilar por toda a cidade e pode ser que algum passe na porta do seu prédio. Quem gosta de sossego vai ter que ter muita paciência ou adotar estratégias para fugir do barulho (como janelas à prova de som) e do tumulto (viajar ou não sair de casa na hora que o bloco estiver passando).
Condomínio – Já para a coletividade, há outras medidas de segurança que podem ser adotadas neste período. Uma delas é reforçar a segurança nas portarias. “É importante que os porteiros sejam muito criteriosos ao permitir a entrada de pessoas estranhas no prédio, sejam visitantes ou prestadores de serviço. Já vimos casos de pessoas bem vestidas entrarem para cometer crimes. Por isso, não basta olhar a aparência. É preciso pegar o nome, perguntar em que apartamento ela vai e interfonar para unidade para confirmar que a pessoa está autorizada a entrar”, explica o presidente do Sindicato dos Condomínios Comerciais, Residenciais e Mistos de Minas Gerais, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.
Outro ponto importante é que, nos casos do interfone tocar, quem atender não dê dicas sobre quem mora no prédio. Um dos golpes mais comuns é a pessoa que tenta entrar fingir esquecer o nome do morador que está procurando ou do número do apartamento. Se isso acontecer, não abra a portaria. Também não é aconselhável deixar foliões entrarem para usar banheiros.
Apps – Mais um alerta é em relação ao aluguel de curta temporada. A Justiça já julgou diversos casos em favor de condomínios que proibiram o aluguel por aplicativos. “O aluguel por curta temporada também coloca em risco o condomínio, na medida em que não é feita nenhuma verificação de quem são os hóspedes e há alta rotatividade. Além disso, a maioria desrespeita as regras da Convenção e do Regimento Interno, fazendo festas e levando convidados sem autorização do síndico. Tudo isso acaba por desvirtuar a finalidade do condomínio residencial, que é de moradia unifamiliar”, destaca o presidente.
Por fim, o sistema de segurança deve estar sempre atualizado e funcionando bem para que, em caso de alguma eventualidade, eles possam ajudar na defesa do edifício.