Pouco mais de um mês depois da reabertura do comércio não essencial, Belo Horizonte, que mal havia se recuperado do impacto das festas de fim de ano sobre a pandemia de coronavírus, voltou a ver os índices que medem o avanço da Covid-19 subirem de forma rápida e significativa. No primeiro dia de março, tanto a taxa de transmissão do coronavírus, chamada de RT, quanto o índice de ocupação de leitos de UTI, estavam no nível vermelho de alerta.
Além da reabertura do comércio, as viagens durante o carnaval, mesmo a festa de Momo tendo sido suspensa em todo o país, e a circulação da nova cepa do vírus são apontadas pelos especialistas como as causas para o salto no número de casos, mortes e de pessoas que precisam de internação para tratar da doença. Veja o que diz o médico infectologista Unaí Tupinambás, professor da UFMG e integrante do comitê de combate à Covid-19 da prefeitura de Belo Horizonte.
No total, a capital mineira registrou, até o dia 1º de março, 112.230 casos confirmados de coronavírus, com 2.746 mortes.
Minas Gerais – No interior de Minas, a situação é ainda pior. O Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba estão próximos do colapso do sistema de saúde e em muitas cidades faltam leitos para receber os pacientes em estado grave. Uberlândia é a segunda cidade do estado em número de casos (67.267) e mortes (1.067), ficando atrás apenas de BH. Uberlândia, Coromandel, Patos de Minas e Monte Carmelo tiveram que adotar toque de recolher para evitar aglomerações.
Todas as regiões regrediram de ondas dentro do programa Minas Consciente do governo do estado e nenhuma está mais na onda verde, a mais avançada do programa. 74,7% dos leitos de UTI e 66,15% dos leitos de enfermaria do SUS em Minas já estão ocupados.
Vacinação – Por outro lado, a vacinação ainda caminha a passos lentos em Minas Gerais, que depende da distribuição dos imunizantes feita pelo Ministério da Saúde. Em todo o estado, 587.736 pessoas receberam a primeira dose e 251.590 a segunda até o dia 1º de março. Minas tem de 20,8 milhões de habitantes.
O que podemos fazer? – Tendo em vista este cenário grave, o Sindicon MG pede que os condomínios adotem medidas de prevenção para evitar que moradores, trabalhadores e prestadores de serviço sejam infectados, gerando surto.
Entre as principais medidas estão o uso consciente das áreas comuns e de lazer, seguindo o que recomenda a prefeitura de cada município. Onde há funcionamento apenas do comércio essencial, a recomendação é que piscina, quadras, salões de festas, churrasqueiras, playground e academia fiquem fechadas. Nas cidades onde esses equipamentos estão funcionando, a orientação é que o condomínio siga os protocolos sanitários, como redução do número de frequentadores ao mesmo tempo, medição de temperatura, uso de máscaras, limpeza frequente e distanciamento mínimo por metro quadrado. Essas informações podem ser vistas AQUI!