No período de férias, os cuidados com as crianças nos condomínios devem ser redobrados, principalmente naqueles prédios com piscina, playground e academia. Nesses locais, um simples descuido pode se transformar em uma tragédia.
Infelizmente, não são raros os casos de crianças que se afogam em piscinas de clubes e condomínios. Mesmo no inverno, acontecem ocorrências. Por isso, pais ou responsáveis devem sempre acompanhar os pequenos nas áreas de lazer.
Além disso, o condomínio também deve adotar medidas de segurança, como avisos de profundidade da piscina, alertas sobre perigo de afogamento, proibição de uso por crianças desacompanhadas e até cerca ou portão que só podem ser abertos por um adulto. “Não se deve deixar crianças desacompanhadas na piscina de jeito nenhum”, afirma o presidente do Sindicon, Sindicato dos Condomínios Comerciais, Residenciais e Mistos de Belo Horizonte e Região Metropolitana, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiróz.
Em prédios com playground, o síndico também não pode descuidar da manutenção periódica, feita por empresa especializada. Essa verificação vai aferir se os brinquedos estão em bom estado de conservação, se não há ferrugem ou peças quebradas e se os brinquedos estão dentro das normas de segurança vigentes.
Já em prédios onde não há área de lazer, as crianças correm para a garagem. Assim, o síndico deve proibir brincadeiras entre os carros. Além do risco de dano a um veículo, pode ser extremamente perigoso. “Um morador pode estar entrando ou saindo da garagem ou manobrando o carro, não ver a criança e atropelá-la. Isso já aconteceu muitas vezes e é um grande risco para meninos e meninas”, alerta Carlos Eduardo.
Por fim, o síndico também pode orientar os pais a não facilitarem o acesso das crianças a situações de risco. Entre as medidas que podem ser tomadas estão instalar telas ou grades nas janelas, bem como não deixar sofás e cadeiras próximos a elas, para impedir que os pequenos encontrem uma maneira de escalar até lá. Dentro de casa também é preciso dificultar o acesso a facas, medicamentos, produtos de limpeza e bebidas alcoólicas.