O recente anuncio de reajuste nas contas de água, de 13,9%, anunciado pela Copasa acende luz amarela para os gastos nos condomínios e alerta para a necessidade de economizar. A época é de aperto financeiro, com alta da inflação e do desemprego. Por isso, cortar gastos não é regra apenas no governo; ela vale para todos.
Em um condomínio, os gastos podem ser mais eficientes se observados alguns detalhes. A água, por exemplo, costuma representar o maior gasto do prédio. Assim, o síndico deve fazer uma vistoria completa para conferir se não há vazamentos (peça aos condôminos que façam a mesma verificação nas unidades). Também é preciso orientar faxineiras e jardineiros a não exagerarem na utilização da água. Em vez das mangueiras, baldes e regadores cumprem bem o serviço com um gasto bem menor. Deixe avisos afixados solicitando que os moradores demorem menos no banho e não esqueçam torneiras pingando, mesmo que a água seja individualizada. Para a limpeza de áreas privativas, incentive o reaproveitamento da água da máquina de lavar. A necessidade da economia não é apenas do bolso, o meio ambiente também precisa que esse recurso tão precioso seja poupado.
Junto com a água, vem também a necessidade de economizar energia. A tarifa de luz é a mais cara e, por isso, é importante tomar algumas medidas de economia. Trocar as lâmpadas comuns pelas de LED, instalar sensores de presença na garagem e áreas comuns e diminuir o uso dos elevadores fora dos horários de pico são recomendações básicas. Mas, é preciso ficar atento, ainda, à fuga de energia. Assim como acontece com a água, a energia também pode “vazar” em instalações mal feitas ou remendadas. A Agência Nacional de energia Elétrica (Aneel) tem boas dicas. Acesse aqui.
Já a utilização do material de limpeza, por exemplo, pode ser mais racionalizada. Pesquise bem os preços antes de comprar, oriente os seus funcionários a evitar desperdício e opte por marcas mais baratas se os preços das líderes de mercado estiverem proibitivos.
Ajustando as contas – Falando em limpeza, confira sempre com o contador ou conservadora contratada se os salários e encargos trabalhistas dos funcionários do prédio estão sendo pagos em dia. Caso contrário, uma ação trabalhista pode causar muito prejuízo ao condomínio.
Se mesmo com essas dicas, os gastos ainda estão altos, o síndico pode fazer uma revisão nas contas para descobrir se há algum serviço que pode ser temporariamente suspenso ou se há outras despesas que podem ser reduzidas.
Caso seja necessário, convoque uma Assembleia para debater ideias de como diminuir os gastos e peça colaboração dos condôminos. “Todos podem ajudar com sugestões para economizar. Essas medidas podem reduzir as despesas e evitar grandes aumentos na taxa condominial”, ensina o presidente do Sindicon, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.