A tragédia da morte de uma adolescente de 13 anos por causa de um choque, ocorrida em um condomínio do Bairro Buritis, em Belo Horizonte, no último dia 27 de julho, revela uma preocupação antiga do Sindicon – Sindicato dos Condomínios Comerciais, Residenciais e Mistos de Belo Horizonte e Região Metropolitana: a falta de manutenção preventiva nos prédios.
Independentemente da idade do edifício, é de extrema importância que os síndicos realizem checagens, no mínimo anuais, para conferir se as instalações estão conforme os padrões de segurança exigidos pelo Corpo de Bombeiros, legislações municipais e estaduais e indicadas pelas normas ABNT.
A verificação da parte elétrica do prédio é uma das mais importantes. Ela evita e corrige a situação de fios soltos dentro das caixas de energia (apontada em diversas reportagens como causa possível da descarga elétrica que matou a garota), além de prevenir outros acidentes graves, que vão de curto circuito a um incêndio.
Para isso, é preciso que o síndico acompanhe de perto a rotina do prédio, contrate profissionais especializados e não deixe passar muito tempo entre uma verificação e outra. “A manutenção preventiva é de suma importância e não pode ser feita por qualquer pessoa. Tem que ser um profissional especializado. Além disso, o síndico deve acompanhar e checar se realmente o serviço foi feito. É responsabilidade dele”, alerta o presidente do Sindicon, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiróz. Em caso de negligência (lembrando que ainda não foi comprovada no caso do Buritis), o síndico pode até responder civil e criminalmente.
Condolências – O Sindicon lamenta profundamente a morte da garota Maria Eduarda do Prado Duarte e se coloca à disposição da família para qualquer necessidade.