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Idosos que vivem sozinhos merecem atenção especial do síndico

10/04/2021 Sindicon COVID-19

Reprodução

Um idoso de 61 anos morreu em decorrência da Covid-19 depois de ter ficado 3 dias inconsciente dentro de casa. Ele morava sozinho em um condomínio de Praia Grande, no litoral de São Paulo. As filhas, que moram em outras cidades, chamaram a polícia depois de tentarem falar com o pai e não conseguirem. O idoso chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. O caso aconteceu no fim de março.

Situações como essa, infelizmente não são tão incomuns. O Sindicon MG já recebeu diversos relatos de casos de pessoas que moravam sozinhas e faleceram sem que ninguém percebesse. “Já tivemos vários casos desse tipo, em que foi necessário chamar a polícia para abrir a porta do apartamento. Normalmente, o corpo demora dias para ser descoberto e isso só acontece porque as faxineiras sentem o mau cheiro”, conta o presidente do sindicato, advogado especializado em direito condominial, Carlos Eduardo Alves de Queiroz.

Atualmente, com a necessidade do isolamento social para evitar o contágio e a transmissão do coronavírus, muitos idosos que vivem sozinhos estão ainda mais isolados da família e dos amigos. Por isso, o Sindicon MG recomenda que os síndicos, na medida do possível, monitorem aqueles que vivem sozinhos no condomínio.

Como ajudar - Como as visitas não são indicadas, o síndico pode elaborar uma estratégia para fazer essa verificação. “Ele pode interfonar, bater na porta ou telefonar para o idoso para saber se está tudo bem. Não precisa contato direto, apenas o necessário para saber se a pessoa está passando bem ou se necessita de ajuda”, explica Carlos Eduardo. Além disso, o condomínio deve ter pelo menos o telefone de um familiar do idoso para o caso de uma emergência. “Sabemos que em alguns casos há resistência a esse acompanhamento, mas essa é a melhor maneira de evitar uma tragédia. Já presenciei mais de uma vez a polícia abrindo um apartamento para tirar o corpo de uma pessoa morta há vários dias. É muito triste” , conta o presidente.

Existem algumas pistas que podem indicar que uma pessoa que vive sozinha pode estar passando por uma situação de perigo e sem ter como pedir ajuda:

  • Se ela assina um jornal e ficou dias seguidos sem buscar o exemplar entregue diariamente;
  • Se tem o hábito de sair para caminhar no mesmo horário e de repente, deixou de fazê-lo;
  • Se tem o hábito de conversar com porteiros ou faxineiras e de repente, deixou de fazê-lo;
  • Se deixou de fazer qualquer outra atividade rotineira repentinamente.

Se o síndico perceber algum desses indícios deve tentar entrar em contato com o condômino. Se não conseguir, não pode perder tempo e deve ligar imediatamente para algum familiar do morador ou para a polícia. “Com sorte, não será nada grave. Mas é melhor prevenir do que remediar”, conclui Carlos Eduardo.

 

 

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